Todos os meses sua casa recebe uma continha de luz para pagar, e muitas vezes os valores da conta nos assusta por estar tão alto. Mas você sabe como eles chegam até aquele valor? E para onde esse será que esse dinheiro todo vai? Vamos te explicar tudinho agora!
Antes de explicar o cálculo, é importante saber que o valor total é uma junção de parcelas de custos destinados a fins diferentes. O valor é composto aproximadamente da seguinte forma:
- 33% é referente à da compra de energia das usinas distribuidoras
- 7% são dos custos da transmissão de energia
- 19% é enviado para às distribuidoras, para expandir e reforçar a rede, além de adquirir novas tecnologias.
- 10% são subsídios de políticas públicas
- 31% são referentes aos impostos
Ou seja, o valor final que chega até você todos os meses, engloba todos os custos necessários para a chegada da energia até a sua casa. Desde a geração, transmissão e distribuição dessa energia, inclui também os valores de encargos e tributos do governo.
Um fato interessante é que a primeira parcela, de 33% do valor da conta, inclui os custos das perdas técnicas (que normalmente acontecem durante o sistema de transporte) e as não técnicas. As perdas não técnicas são ligadas a furtos e fraudes de energia. (conhecidos como gatos e as adulterações de medidores). Por isso, quanto mais fraudes, maiores as chances da conta de luz ficar mais cara para todo mundo.
E como é calculado o valor mensal da conta?
O valor final da sua conta é a soma da tarifa (gastos de geração e transmissão), com os impostos (ICMS e PIS/COFINS). Quem faz esses cálculos da tarifa e garante que nela possuem apenas os valores necessários é a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Mas como se chega a um valor?
A operadora de energia elétrica cobra um valor fixo referente ao consumo de energia em kWh (quilowatt-hora). Esse valor varia de acordo com a região do país e com a bandeira tarifária vigente.
Essas bandeiras resultam em taxas mais caras ou mais baratas, de acordo com a utilização das termelétricas e o nível dos reservatórios.
- Verde – tarifa não sofre nenhum tipo de acréscimo
- Amarela – acréscimo de R$0,01874 para cada kWh
- Vermelha patamar 1 – acréscimo de R$0,03971 para cada kWh
- Vermelha patamar 2 – acréscimo de R$0,09492 para cada kWh
A Aneel informou um aumento da bandeira tarifária vermelha patamar 2. O valor subiu para R$9,49. Então, toda vez que a conta de luz chegar com a bandeira vermelha patamar 2, esse será o valor cobrado a cada 100 kWh consumidos. Ou seja, você paga a energia consumida em kWh multiplicada pela tarifa vigente na sua região, com a aplicação da bandeira + impostos.
O valor cobrado em impostos fica localizado no final da conta, em “Informações de Tributos”, nos itens ICMS/PIS/COFINS.
Por que a tarifa de energia é diferente em cada estado?
De acordo com a Aneel, até 1995 a tarifa era fixa para todo o Brasil. As concessionárias tinham direito a um pagamento garantido, porque estava em vigor o regime de regulação pelo custo do serviço.
Mas a partir daquele ano, a taxa passou a ser fixada por concessionária (tarifa pelo preço e não mais pelo custo do serviço), dando início à regulação por incentivos, onde a intenção é que as distribuidoras sejam incentivadas a serem cada vez mais eficientes.
As revisões tarifárias e reajustes tarifários passaram, então, a considerar as características de cada área de distribuição, que pode ser igual, maior ou menor que um estado.
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